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SAÚDE EMOCIONAL II

Atualizado: 26 de mar.




“Por que um psicólogo e não um psiquiatra e vice-versa? Tem um momento certo para procurar cada profissional?”

Então, vamos lá na Parte II (de 3)...

Nessa segunda parte sobre ‘Saúde Emocional’ em que não é mais possível sustentar a máscara social, é importante primeiro entendermos que cada profissional é um, e juntos, ou um ou outro, podem ajudar muito o paciente, sempre que se fizer necessário.


Então, para compreender melhor faço aqui um resumo bem rápido de cada trajetória profissional.

O psicólogo (a), este faz faculdade de Psicologia, uma ciência que vai cuidar dos processos mentais e comportamentais do ser humano, e das suas interações com o meio físico e social. Estuda 5 anos e é graduado, podendo fazer pós-graduação e se especializar, ou direcionar-se, a priori, em uma determinada área e abordagem escolhida. No caso do psicólogo clínico, em consultório, dedica sua atenção com um ouvir clínico capacitado para acolher o cliente, iniciando com psicodiagnóstico e, posteriormente, com sessões de psicoterapia para o tratamento, através do uso da palavra e do comportamento do mesmo, principais ferramentas utilizadas em psicoterapia, promovendo a saúde mental. Outras áreas são Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia Escolar ou Educacional; Psicopedagogia; Psicologia Jurídica; Psicologia Hospitalar; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia; Psicologia do Esporte e Psicologia do Trânsito. E cada profissional com sua abordagem de preferência, com sua metodologia.


"Compreender melhor os seus sentimentos, e saber o que move suas emoções..."

Durante a conversa o psicoterapeuta vai conduzir a sessão de forma que a pessoa possa compreender melhor seus sentimentos, saber o que move suas emoções e, assim, entender seus comportamentos. O Psicólogo (a) quer saber as causas subjacentes que estão motivando o adoecimento mental da pessoa. Este profissional é habilitado a tratar, por meio de técnicas psicoterápicas as inúmeras formas de adoecimento mental que podem acometer o indivíduo durante sua experiência de vida. Primeiramente, entre as técnicas utilizadas, a fala é prioridade, mas pode ser utilizado também outros recursos como desenhos e técnicas corporais. Nas sessões, psicólogo (a) e paciente caminham juntos e refletem juntos as possíveis soluções na Psicologia Clínica.


"Tomar decisões, clarificar dúvidas e possibilitar que o paciente se reestruture quanto as suas emoções..."

Enquanto o paciente não se compreende, ou seja, não se re-conhece em tais situações de fato, torna-se difícil sair desse momento “ruim” sozinho. Em interação com o terapeuta o paciente poderá falar sobre o que o angustia e isso traz alívio, porque dá significado as suas experiências. A partir daí, o psicólogo poderá orientá-lo para que o paciente possa tomar decisões, clarificar dúvidas e possibilitar que o paciente se reestruture quanto as suas emoções.


O psiquiatra, por sua vez, vai cursar 6 anos de faculdade de medicina e mais dois ou três de residência em Psiquiatria. Como cada caso (do paciente) é um caso, a medicação poderá ser usada, pois há paciente que fica sem reação e imerso em suas dificuldades ou, até mesmo, ter sintomas que dificultam sua capacidade de realizar suas atividades diária, por exemplo. O psiquiatra diagnostica e prescreve medicamentos, se necessário. Mas também faz um trabalho de escuta para conhecer melhor o paciente.


"Se o “gatilho” que está acarretando o problema não for identificado e trabalhado, ainda que haja medicação, o problema vai retornar..."

O tratamento medicamentoso para as desordens mentais pode se fazer necessário. Isso é fundamental no tratamento de desordens mentais severas. Porém, ainda que o paciente esteja sendo assistido por um psiquiatra, fazer psicoterapia com um profissional de psicologia é importante. Afinal, se a causa, ou seja, se o “gatilho” que está acarretando o problema não for identificado e trabalhado, ainda que haja medicação, o problema vai retornar. A psicologia e a psiquiatria têm papel fundamental no tratamento do paciente, sempre que se fizer necessário. Os dois são complementares, mas não descartando também a necessidade de outros profissionais ainda, dependendo do caso.


Como identificar os sintomas que revelam o momento “certo” para buscar ajuda psicológica?

Não há, necessariamente, um momento certo para isso. Mas algumas pessoas acabam procurando ajuda somente quando estão apresentando sintomas graves. Contudo, a pessoa pode procurar um profissional quando há questões mais pontuais, o que já pode ajudar a prevenir situações futuras. Alguns exemplos de sintomas podem ser - mudanças repentinas de humor ou de comportamento, desinteresse por algo que antes era prazeroso de fazer, situações de conflitos que perduram por muito tempo, ou até tomada de decisões e medos repentinos que impedem suas atividades do dia a dia, como trabalho, escola, passeios, relacionamentos, viagens, etc.

Se alguns destes sintomas estão atrapalhando o seu rendimento diário, pode buscar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. Ambos poderão te orientar sobre o que fazer.


"Fazer tratamento medicamentoso, mas sem o acompanhamento psicoterápico, é como “enxugar gelo”. Tratar os sintomas, mas não as causas, logo ficará doente outra vez..."

Para compreender melhor as causas subjacentes ao seu mal-estar emocional é necessário procurar um profissional. Enfim, espero poder ter elucidado estas questões.

E...


Na próxima e última postagem ‘Parte III’ irei abordar os seguintes assuntos:


"O tratamento psicológico pode ser vinculado a outros tipos de atividades/terapias? É substituível?"


"Como me reportar a alguém da minha convivência de que ela precisa procurar ajuda?"


"Tem transtornos psicológicos, mas não quer procurar ajuda profissional – Os efeitos e/ou riscos inerentes"


"Quais os tipos de ajuda são mais procurados pelas pessoas com um psicólogo (a)?

Até a próxima, pessoal!

Abraços!

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