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DEPRESSÃO DE NATAL

Atualizado: 24 de abr. de 2023

QUEM NUNCA?





Olá pessoal!

O natal está chegando e em breve mais um ano novo para nós! É tempo de férias, confraternizações, de dar e ganhar presentes, rever familiares e amigos.


Mas por que será que para algumas pessoas a chegada do natal e final de ano representam momentos tristes? Talvez, nem todo mundo esteja tão preparado assim. Não só financeiramente, mas, principalmente, emocionalmente. E até as propagandas de natal, nas lojas e na tevê, assim como a expectativa de unir-se aos seus familiares que nem sempre foi agradável, incomodam algumas pessoas.


E esse será o assunto que vou comentar hoje, mas saibam que "depressão de final de ano" não é o fim, ou algo imutável. Pelo contrário, pode ser um momento de se repensar sobre esse tal fenômeno, buscando meios de compreender o porquê que isso pode estar acontecendo, como você pode modificar seu pensamento e comportamento para estar junto dos seus, e finalmente aproveitar as confraternizações. Mas é preciso querer dar o primeiro passo nessa direção.


*** *** ***

Quantos de nós já encontramos alguém que disse: “Não gosto dessa época...” ou “Natal pra mim é triste”.

A época de natal é principalmente representada pelo nascimento de Jesus Cristo filho de Deus, e historicamente comemorado pela comunidade religiosa cristã todo dia 25 de dezembro. Na vida de cada ser humano, cristão, ou não, a representatividade do natal pode ser muito diferente do olhar universal sobre o tema. Em cada país o natal e o ano novo tem suas próprias peculiaridades sobre esses rituais, devido as mais diversas crenças culturais e religiosas. São diversos entendimentos, e não há o certo ou errado.


Mas quando separamos uma parte desse todo (da humanidade) e olhamos separadamente este ser humano que está triste, deprimido, devemos considerar que ele traz consigo sua subjetividade (algo íntimo do ser; interpretação) repleta de detalhes (traumáticos ou não) é construído ao longo do tempo e do espaço. Isso interfere na forma como ele vê, pensa, sente e age em relação a algo que está a sua volta mas que, quaisquer que sejam suas compreensões, inevitavelmente, interagem com seu interior. Ou seja, tudo que houve a partir da sua convivência social desde a infância através da sua cultura, educação e da religião a qual pertence (ou não), entre outras convenções, as experiências que são adquiridas na vivência deste com o resto da humanidade é que ele constrói sua forma de ver o mundo. O que eu (ser humano) compreendo como certo, certamente será levado para a vida.


Então, dependendo de como cada pessoa conheceu e conviveu com o ritual desta época (do natal ou ano novo) é como ela irá expressar seu sentimento e compreensão de gostar ou não, de se sentir feliz ou deprimido, ou até ter raiva.


O que poderá explicar por que há pessoas que amam essa época enquanto outras não, vai depender de como ela interpretou e internalizou o que viveu. A pessoa que se deprime nessa época e tenta "fugir" do ritual natalino, pode estar (re)vivendo consciente e/ou inconscientemente, momentos que foram ruins e preferir ficar a distância de possíveis novos conflitos nos dias atuais, muitas vezes até por diversas tentativas de tentar mudar isso, mas sem progresso. Isso pode ser o que Sigmund Freud (médico neurologista, psiquiatra e psicanalista) chamou de “mecanismo de defesa”.


Isso quer dizer que tudo que foi vivenciado de forma traumática, por exemplo, mau relacionamento entre familiares, em algum momento da vida pode vir manifestar sentimentos e atitudes intencionais conscientes, ou inconscientes estimulando reações pouco racionais e objetivas e, a partir daí, estimular variados mecanismos de defesa no intuito de proteger o Ego (Eu) da possibilidade de um desprazer psíquico devido à manifestação de sentimentos e emoções como frustrações, medo, ansiedade, culpa, raiva, tristeza, etc.


Quando esta situação se torna incomoda demais como, depressão de fim de ano, é que algumas pessoas procuram, ou são orientadas a fazer tratamento psicológico através de psicoterapias para resolver estas questões "fantasmas" do passado, ou acontecimentos mais recentes como a morte de um ente querido, ou uma perda outra (como emprego, amor, amigo, etc.), que ainda não foi devidamente trabalhado com o enlutado (a) que sozinho (a) não está conseguindo lidar com tal fenômeno.


Outros cenários, outras razões...


Tem pessoas que ficam muito estressadas e angustiadas nessa época de festas por sentir que tem tantas coisas para pensar e fazer, vivendo uma imensa ansiedade de querer agradar a todos os seus familiares e amigos nas comemorações, pois assim, ela agrada a si mesma ao sentir que realizou tudo como desejava, mas sofre quando algo, por menor que seja, foge ao seu controle também. É impossível a perfeição. Então, relaxe e faça seu possível que será perfeito!


E outras pessoas ficam tristes porque não possuem meios para fazer algo, não tem condições monetárias, ou estão desempregadas e ficam remoendo sua condição de vida que, pelo contrário das outras pessoas acima, estas gostariam de poder justamente estarem apenas preocupadas em como poder realizar suas confraternizações, mas com zero condição financeira e, inevitavelmente abaladas emocionalmente, se angustiam, se deprimem. E assim, por estas ou por outras razões, é que acaba se instalando a “depressão de natal”. Então, preze pela franqueza com seus familiares e pensem juntos numa maneira de não passar esse momento em brancas nuvens! Não se feche, se abra para o diálogo.


Quem nunca passou por um momento assim alguma vez?

O que vai diferenciar um caso de outro é como cada pessoa reage e lida com acontecimentos desafiadores. Pois há os quais conseguem lidar com situações assim, mas outras não, e precisam de ajuda para sair desse circulo vicioso que acontece todo ano nessa época.


Como posso me ajudar e ajudar o outro?

Empatia, Gratidão!


O ritual de natal não exige que a pessoa seja rica ou pobre, pois quando todos os envolvidos de uma mesma família se juntam com o propósito de comemorar o natal ou ano novo, seja ele sofisticado ou modesto, o que conta é como cada um vai se esforçar para dar o seu melhor na confecção deste momento.


Respeitar como cada um se sente e pode contribuir e estar presente. É ter o coração puro e a mente aberta realmente desejando que aconteça um bom natal ou ano novo em família. É ter pensamento positivo, mas, sobretudo, buscar condições (ações) positivas, 'plano A' ou 'plano B' pessoal e/ou em família. E que mesmo a distância a pessoa seja capaz de estar presente com um simples gesto como um telefonema, ou uma mensagem dizendo que gostaria muito de estar junto.


Cada pessoa sente o natal ou ano novo de um jeito peculiar, é subjetivo! Nesse caso, não segue categoricamente a compreensão coletiva, ou seja, a compreensão do senso comum de que o natal “ideal” deve ser visto e feito de “tal forma”. Com certeza, não!


"Você não quer fugir do natal! Saiba disso."

As pessoas que dizem não gostar do natal e se sentem tristes, deprimidas, na verdade, não é o que gostariam de dizer ou sentir. Acreditem, é bem ao contrário disso. No fundo ninguém deixou de gostar do natal ou ano novo. O que algumas pessoas odeiam são as circunstâncias em que estão e que provocam sentimentos de tristeza. Mas no fundo gostariam de poder dizer “Que legal! Já é natal!” , mas evitam para se defender de qualquer outro dissabor emocional.


Poder celebrar o amor e a fraternidade, a fé e a realização de si e com os outros no mundo, com base nas suas crenças, é sempre uma esperança de alguém. Uma realização pessoal.

São momentos de sentimentos e emoções boas e de gratidão, como expressar o que desejamos nos rituais de positividade como, desde comendo uvas perto da meia-noite até pular ondas do mar na passagem do ano novo para trazer sorte! Quem nunca?! Isso é buscar o melhor pra si, ainda que para outras pessoas isso não signifique nada! Cada pessoa, uma compreensão, e devemos respeitar.


"Famílias não são perfeitas. Afinal, ninguém é!"

Pertencimento é um sentimento bom de poder fazer parte de uma família e amigos, ainda que por motivos diversos não possam estar juntos neste momento festivo, mas que quando se encontram conseguem se esforçar para estar bem um com o outro, ou por fazer parte de um grupo seja ele como for. Não é hora de ter razão, mas de termos cuidado para que o grupo esteja sempre vivo e saudável.


Famílias não são perfeitas, pessoas não são perfeitas! Mas podemos melhorar nosso jeito de

ser sendo cordiais e respeitando quando em contato com o outro, evitando assuntos ou lembranças desagradáveis, por exemplo. E, muitas vezes, para ter um momento agradável nessas ocasiões entre familiares ou amigos depende muito de nós mesmos. Que tal não esperar que outro dê o primeiro passo? Dê você! Seja gentil e empático, se interesse mais pelo bem-estar do outro que, reciprocamente, volta! E se, por acaso, não for na mesma intensidade, lembre-se, ninguém é perfeito e muitos não conseguem sair do que estão sentindo sozinhos.


Este é um momento também de retiro pessoal e de viver a experiência da introspecção. É a época em que algumas pessoas preferem, por exemplo, refletir sobre sua existência no mundo, repassando o que viveu este ano. O que ela conseguiu realizar ou não, suas frustrações, suas perdas ou ganhos. Poderá se lembrar da perda de uma pessoa querida ou um pet que amava tanto. Ah, quantas saudades... Ou se há um novo relacionamento, ou que veio acabar, seus amigos, estudos, trabalho, em fim, uma espécie de balanço particular sobre acontecimentos que marcaram mais a sua vida! E, além disso, costuma-se também fazer novas promessas para o ano novo com novas perspectivas de projetos. Mas lembre-se de que se você não quer que algo ruim se repita, faça projetos diferentes, mas que seja possível de ser alcançado.


Então, pessoal, é isso!

E, a família RM Terapias Clínica, aproveita este momento, para desejar que cada um de nós possamos ter um momento agradável na confraternização de natal e ano novo. Que possamos ter um momento de reflexão e que, a partir disso, possa haver mudanças, se necessário, de pensamentos e de atitudes que sejam melhores, e que possam ser colocados em prática durante todo o ano que virá!


Obrigada (o) por mais este ano que está terminando e que, de alguma forma, nos permitiu que estivéssemos juntos aqui na RM.

Feliz Natal e até 2020!


Abraços dos terapeutas!


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